Tuesday, 30 November 2010

Competition Europan 7, Montijo, Portugal . 2003

Personal Project *

























Localização: Montijo, Portugal   /   Projecto: 2003

Proposta All Arround the Clock with a Cherry on Top

Tendo como pano de fundo o tema lançado a concurso da “Intensidade Urbana e Diversidade Residencial”, a proposta em termos conceptuais centrou-se na ideia abstracta de como lidar com o aspecto “tempo vs espaço” por forma a se intervir neste pedaço de cidade, entendido como algo mutável, complexo, com intervenientes e necessidades  diversas, e que deve ser vivido 24 horas sobre 24 horas O objectivo: promover ou “forçar a interacção entre as pessoas e entre estas e o sitio, “all arround the clock”... Neste sentido, a intervenção passou pela proposta de construção de 3 edifícios multifuncionais que misturam um conjunto de actividades e usos complementares no tempo, com características diferenciadas mas com 2 aspectos em comum: a utilização de uma estrutura modular tridimensional (celular) que garante a unidade, mas que manipulada organicamente permite que o processo de criação de cidade se desenrole de uma forma faseada, de acordo com as necessidades, por adição ou subtracção, e o uso intensivo das coberturas, tirando partido das condições do local e da relação com o Rio Tejo. Estas 3 “mega-estruturas”, entendidas como meros exemplos do que poderia surgir deste sistema de gestão de cidade, têm a particularidade de possuírem equipamentos desportivos e “pontos de encontro” nas respectivas coberturas que os tornam identificáveis e diferenciaveis... o “cherry on top”...


























Edificio Multifuncional C

De acordo com programa de concurso este edifício destina-se a uma camada da população jovem e prevê uma mistura e complementaridade de usos total, que inclui habitação, estacionamento, lojas, escritórios, equipamentos desportivos e espaços verdes. Independentemente das horas do dia ou dos dias da semana pretende-se que o “espaço-edifício” esteja sempre, enquanto organismo “vivo”, a ser intensamente utilizado por toda a população, valorizando a sua relação de proximidade com o rio e a utilização de todos os espaços de cobertura para usos variados. Tendo como objectivo o “estabelecimento de relações de grupo”, o edifício foi então esculpido modularmente de forma a configurar no seu interior a vários níveis 5 espaços (A, B, C, D, E) e/ou paisagens interiores que criam relações endógenas e exógenas com a envolvente, variando desde do 100% publico (C e E) ao 100% privado (A, B e D) e 3 “pontos de encontro” identificáveis (1, 2 e 3) um jardim / esplanada no 1º nível, um campo de basket no 2º e um jogo de xadrez marcado no pavimento do 3º. Previu-se igualmente uma construção faseada por demolição hipotética no futuro da construção existente no lado norte. 
       













Tipologias

As tipologias propostas, formadas por T1 e T2 para jovens (de acordo com o programa de concurso), prevêem a definição, consoante as pretensões e necessidades dos futuros habitantes, com “backgrounds” sociais, culturais e familiares distintos, de um layout interno por colocação livre sobre planta aberta de 3 módulos de equipamento de habitação pré-fabricados; 1 modulo de casa de banho, 1 de cozinha e 1 de arrumos. Pela forma como que se conjugam entre si, 3 espaços distintos são definidos, sala, quarto(s) e cozinha, dispensando virtualmente o uso de paramentos fixos. Esta relação de espaço vazio / módulos possibilita virtualmente infinitas soluções de layout interno,  flexibilização da modulação do espaço, adaptabilidade do mesmo na sua relação com o tempo, fluidez e eliminação de circulações internas (corredores). Todos os apartamentos, que variam entre tipologias de um só piso, duplexs e triplexs, têm sempre espaços exteriores agregados por aproveitamento das coberturas, 100% privados ou comuns, incentivando as relações de vizinhança e permitindo o contacto directo com rio.

* Projecto em parceria com os Arquitectos Daniel Valente, Miguel Gaspar e João Carrasco

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